A autorrefulgência do Atma é mencionada em vários manuscritos e está sempre presente quando precisamos descrever as qualidades do mesmo, como neste trecho do Atma Bodha, de Sri Shankaracharya.
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23. A natureza do atma é Eternidade, Pureza, Realidade, Consciência e Bem-Aventurança, assim como a luminosidade do sol, o frescor da água e o calor do fogo.
24. A noção de “eu sei” é produzida pela união, devido ao discernimento incorreto, de uma modificação da mente com dois aspectos do atma: a Existência e a Consciência.
25. O atma não sofre mudanças, e buddhi [a mente] nunca é dotado de consciência. Porém, as pessoas acreditam que o atma é idêntico ao buddhi e se iludem pensando que elas mesmas são o conhecedor ou aquele que percebe [o mundo].
26. A Alma que se reconhece como jiva [impermanente] é dominada pelo medo do mesmo jeito que um homem ao considerar uma corda como sendo uma cobra. A Alma recobra o destemor ao perceber que ela não é a jiva, mas a própria Alma Suprema.
27. A mente, os órgãos dos sentidos e etc. são iluminados apenas pelo atma, assim como um jarro ou tigela são iluminados por uma lamparina. Mas tais objetos não podem iluminar a si mesmos.
28. Assim como uma lamparina não precisa de outra lamparina para iluminar a si mesma, o Atma, sendo a própria Consciência, não precisa de outro instrumento de consciência para iluminar a si mesmo.
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Traduzido da versão em inglês de Swami Nikhilananda
Traduzido para o português por Mariângela Carvalho
Publicado por Sri Ramakrishna Math, Madras
[N. do T.: As informações em colchetes são adendos do tradutor.]
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